Já falamos sobre elas neste post só sobre fintechs, então se você estiver bem por fora e quiser todos os detalhes, clique no link. Também fizemos um post explicando quais são as empresas que estão entrando nesse setor no Brasil e conquistando mercado.

Mas o que esses bancos digitais realmente trazem de novo? É isso que iremos responder neste artigo.

Menor burocracia

Os processos são mais rápidos nos bancos digitais. Claro que ainda há que respeitar regulamentações, normas e exigências de entidades como o Banco Central.

Mas os bancos digitais são muito mais rápidos em processos como a criação de uma nova conta, pedido de cartão de crédito e até a realização de investimentos por exemplo. Tudo isso por causa de um dos fatores que citaremos a seguir.

Uso da tecnologia

Os bancos tradicionais estão antenados e usam a tecnologia a seu favor, não me entenda mal. Por exemplo, Itaú, Bradesco e Santander têm apps que agilizam o pagamento de contas e a checagem de seu extrato. Não é como se eles estivessem só mandando papéis para a casa dos clientes e carimbando coisas.

Mas aqui estamos falando de cultura. Essas novas empresas giram em torno da tecnologia, então é normal que elas estejam mais “conectadas” (com o perdão do trocadilho) com o que há de mais moderno.

Então seus apps são mais simples de usar e intuitivos. A integração com a parte de investimentos, o atendimento ao cliente, os pagamentos e outras funcionalidades é melhor.

E a tendência é que eles continuem evoluindo de forma rápida, enquanto as instituições de maior tradição e tamanho sejam um pouco mais lentas em seus passos.

Atendimento mais ágil ao cliente

Claro que há exceções e nem todo banco digital será uma maravilha quando for necessário ativar seu atendimento ao cliente. Mas é possível observar como os bancos tradicionais frequentemente podem deixar seus clientes um pouco irritados nesse aspecto.

O setor é difícil por si só, já que estamos falando de uma área burocratizada, que envolve algo fundamental – dinheiro – e qualquer cobrança não é muito bem-vista.

Observando os dados no Reclame Aqui, nota-se que tanto os bancos tradicionais como os bancos digitais estão presentes na plataforma e resolvendo as reclamações. As notas variam, com o Agibank, por exemplo, tendo o selo RA1000 por responder rápido e ter boa taxa de “voltaria a fazer negócios”.

Enquanto isso as instituições tradicionais como Itaú, Bradesco, Banco do Brasil e Santander se mantêm com notas intermediárias e menos de 70% dos reclamantes dispostos a voltar a fazer negócios, um número não muito positivo.

Novamente, essas novas empresas não são perfeitas e algumas delas estão sendo bombardeadas no Reclame Aqui, por exemplo. Mas nos casos do Agibank, Nubank e C6, seus atendimentos são feitos de forma rápida pelo celular mesmo, primeiro por bots e depois com atendimentos humanos.

O Nubank no começo de sua trajetória inclusive se destacou pelo toque pessoal, enviando mensagens personalizadas a seus clientes. A empresa chegou a ganhar prêmios em votações populares por seu trabalho nesse setor.

Claro que quando o negócio começa a crescer em escala e os clientes se multiplicam, toda a atenção dispendida no começo não pode ser repetida da mesma forma. Mas ainda dá para notar que os bancos digitais conseguem oferecer um contato mais rápido e acessível que os grandes bancos e seus telefones que te deixam esperando.

Taxas mais baixas

Não existe um adulto no Brasil que tenha visto seu extrato menos volumoso do que queria e tenha bufado ao perceber que uma taxa veio do nada para comer dinheiro.

Mensalidade para manter a conta, saques em caixa cobrados, capitalizações que não rendem nada e ainda exigem fidelidade... Enfim, os grandes bancos são apaixonados por suas taxas marotas.

Os bancos digitais não foram criados por monges franciscanos que querem que seu dinheiro fique na sua conta e só seja direcionado para caridade, pode ter certeza. Mas eles costumam ser menos carnívoros com seu saldo em conta.

É comum eles oferecem contas sem mensalidade, cartões com tarifas menores e um certo número de DOCs e TEDs sem custos.

“Tá, mas como eles se sustentam?” – você pergunta de forma completamente justa. Ainda existem cobranças, claro. E o seu cartão de crédito ainda terá juros sendo cobrados, claro.

Eles também oferecem uma ampla gama de serviços como seguros, investimentos, planos de previdência privada, entre outros. Por fim, os juros que são cobrados com atraso de contas também podem criar volume e garantir os lucros das instituições financeiras.

Assim, mais uma vez a estrutura dos bancos digitais, muito mais enxuta comparada aos bancos tradicionais, é de grande ajuda. Essas novas empresas não gastam com milhares de agências e milhares de colaboradores por todo o Brasil.

Mas não fique com dó dos bancos tradicionais. O Nubank deu prejuízo semestral de R$139,5 milhões na primeira metade de 2019, enquanto o Itaú teve um lucro de R$7 bilhões... Só no terceiro semestre de 2019. São números um pouco distintos, eu diria.

O benefício maior: seu tempo

Não é à toa que as propagandas feitas pelos bancos digitais batem na tecla das filas. Quem nunca pegou uma senha e ficou esperando na agência até chegar sua vez? Se sua resposta for “eu”, então sua vida adulta ainda não está completa.

Esse tempo perdido com deslocamento e espera é eliminado pelos bancos digitais. Falando de sua concorrência tradicional, mesmo que você faça tudo pelo app, para criar sua conta é preciso ir até a agência, falar com o gerente, ativar seu cartão no caixa e completar um processo que demanda tempo.

No caso dos bancos digitais, tudo isso é cortado para poucos passos, inclusive tirando foto de seus documentos e possivelmente usando uma assinatura digital.

Este item é uma união de todos acima: os bancos digitais demandam menos de seus clientes porque usam mais a tecnologia, têm estruturas menores e mais ágeis e por tudo isso podem cobrar menos taxas.